VIOLÊNCIA GRATUITA

 




ANO:1997
NOTA:10

Apos uma recuperação depois de Saló, voltemos aos filmes perturbadores...a sensação que temos ao assistir Funny Games ( porem o título em português cai como uma luva) é que estamos assistindo a um reality show onde dois psicopatas tem um objetivo de torturar e matar pessoas e você como publico deve avaliar como eles estão se saindo e se você deseja que os participantes morram ou não, Violência gratuita é um festival de tortura psicológica e choca a todos

Com 01:48 de duração, o filme conta a historia de uma família, mãe, pai e filho, eles resolvem passar um maravilhoso fim de semana em uma chacara a beira de um rio, no dia em que chegam, um jovem se apresenta a eles e pede alguns ovos emprestados, apos isso, um outro jovem conhecido como Tom também entra na casa e agride o marido da mulher com um taco de golfe, apos isso, a família e feita de refém pelos dois jovens que começam uma serie de torturas

Uma das coisas mais impactantes nesse filme não é seu conteúdo, mas sim, nós, exatamente, nós os telespectadores que estamos assistindo ao filme, dirigido por Michael Haneke o filme choca seu publico, porem não com sangue e tripas, mas sim uma tortura psicológica

Nos o publico somos apresentados aos nosso dois psicopatas, e dai nós temos que avaliar, qual o real motivo de fazerem isso? bem não existe um motivo, o que mais imaginamos no decorrer do filme é que pensemos em todos os tipos de torturas físicas, um soco, um tapa, a família se revelando e lutando contra seus agressores, porem não é isso que o filme faz e é justamente ai que começa o show, nos fazendo sentir dentro de um reality show Paul olha para câmera e faz uma aposta com o publico sobre quem ira viver e morrer, se serão eles os vilões ou a vitimas inocentes, você franze o cenho, porem aceita sua aposta, em seguida, mais uma olhada de câmera, ele quer saber como vocês torturariam as vitimas e por incrível que possa parecer você da ideia

E é justamente com essa interação com o publico que nós nem ao menos percebemos que nós também queremos ver tortura, que nós também queremos ver sofrimento, o filme é uma critica social aos filmes no estilo de tortura como jogos mortais e como seu publico adora ver sangues e tripas sem ao menos se importar com a vitima, Violência gratuita segue por um outro caminho, segue por uma tortura psicológica, com diálogos absurdamente criativos, os dois psicopatas torturam suas vitimas só com palavras e olhares, a violência em determinadas cenas são apenas ouvidas ou sentidas pelo publico, para que você se convença ainda mais que você que esta assistindo quer a violência, de maneira proposital existe uma parte no meio do filme em que nossos assassinos somem largando a família que precisa de alguma maneira sobreviver, também de jeito proposital a família é burra que não sabe pular um muro ou ligar para uma policia e quando o filme começa a ficar chato focado apenas na família é que você percebe que você quer sim ver tortura novamente

O filme não tem trilha sonora em nenhum momento, apenas em seu começo e fim onde você ouve uma super musica de Heave Metal pesada, parecendo combinar com o sadismo do filme, o clima do filme é pesado e fica impossível não sentir repulsa ou não pelos psicopatas, o filme é recheado de diálogos inteligente como os psicopatas se auto denominarem "Tom e Jerry" ou o dialogo de Paul com o publico " vocês querem o que? um final plausível?"

O marco do filme esta em suas atuações, Arno Frisch arrasa em sua atuação, de uma maneira leve, sua atuação é assertiva, dando medo somente pelo olhar, Frank Glering também faz uma ótima atuação, sendo pelo que parece apenas ser um maria vai com as outras, e apesar de se esforçarem, ambos os atores da família não parecem convencer muito não

Violência Gratuita acerta, você é desafiado a ver tortura, mas também é testado a saber se você quer que a família se salve ou se você quer ver mais  tortura, e como diria Paul "E vocês, qual sera a aposta? acha que eles irão sobreviver ate de manhã?"

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